Depoimento de Cid à PF nesta sexta-feira pode entrar na ação penal do golpe

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O tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), presta depoimento nesta sexta-feira (13) à Polícia Federal, em Brasília, sobre uma suposta tentativa de sair do país com o uso de um aporte português. Tendo em vista que o prazo para apresentação das diligências na ação penal do golpe está aberto até a próxima segunda-feira (16), a Procuradoria-Geral da República (PGR) poderá inserir o depoimento de Cid como prova para a acusação.

“Existe também a hipótese de tanto da PGR quanto o ministro Alexandre de Moraes (STF) tentarem abordar aspectos de culpabilidade sobre Mauro Cid na ação penal do golpe”, explicou o especialista em direito penal Berlinque Cantelmo. A depender do teor das declarações prestadas por Cid, os demais réus podem ser impactados, informou.

Mesmo que a investigação a respeito do aporte seja posterior à investigação da tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, “nada impede que a PGR faça perguntas que possam se transformar numa convalidação do golpe, pois ela pode inserir nos autos dados que interfiram na modulação das acusações”, frisou Cantelmo. “A depender da característica da investigação pode ser que a PGR requisite ao ministro Alexandre de Moraes a prisão preventiva, pode ser que seja cumprida inclusive no depoimento de hoje”, apontou o especialista ao Correio.

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