Quatro acadêmicas do 2º semestre do curso de Medicina da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) registraram boletim de ocorrência por importunação sexual após uma avaliação realizada na residência de uma professora da instituição, situada em um condomínio de luxo em Dourados. O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC) da cidade.
As alunas foram informadas pela docente de que a prova de Neuroanatomia seria aplicada em sua casa na segunda-feira (9). Ao chegarem ao local, foram recebidas por um idoso vestindo apenas cueca. Em seguida, a professora apareceu e pediu que entrassem.
Enquanto aguardavam o início da avaliação, o filho da professora, um homem de aproximadamente 25 a 30 anos, teria abraçado e beijado as alunas, inclusive beijando a boca de uma delas. As vítimas afirmam que a docente não impediu a ação. Uma das acadêmicas relatou ter dito que tinha namorado, mas o indivíduo continuou a assediá-las. A professora, então, teria dito: “tira esse merda daqui” e pedido desculpas, explicando que seu filho tem Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Após a realização da prova, as alunas relataram que se sentiram abaladas e constrangidas com a situação. Após a correção, a professora teria dito: “quem não gostou da nota pode voltar aqui em casa, estudem e voltem”. As acadêmicas afirmam que souberam que a professora já havia sido proibida de aplicar avaliações em sua residência, mas não questionaram por medo de represálias.
O caso gerou repercussão nas redes sociais e em grupos de estudantes da UFGD. A universidade ainda não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido. A Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC) de Dourados informou que o caso está sendo investigado e que diligências estão em andamento para apurar os fatos.
